Estava escuro... tinha medo... mas fez-se luz, iluminava-me e a tudo o que me rodeava. Era eu, foi o que aconteceu quando me descobri a mim próprio!

domingo, janeiro 03, 2010

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Ser sincero demais, será que é um problema?
Em primeiro lugar há que esclarecer que não existe “ser sincero demais”, ou se é sincero ou não. Pode no entanto colocar-se uma outra questão será que devemos dizer sempre tudo o que pensamos ou sentimos? Não se trata de não ser sincero, mas de seleccionar o que partilhamos. Isto é, não enganamos ninguém, ocultamos parte de quem somos. Ou de uma outra perspectiva preservamos parte da nossa identidade, guardamos alguns comentários, opiniões ou sentimentos.

Esta é uma questão delicada, por um lado podemos querer ser totalmente transparentes e claros, por outro existe a questão se temos necessidade de dizer realmente tudo e se isso é favorável quer para nós, quer para os outros.

Algumas considerações a este respeito:

1 – Sermos verdadeiros connosco próprios, é fundamental

2 – Quando partilhamos algo sermos sinceros e verdadeiros no que dizemos. Se resolvemos partilhar temos a oportunidade (dever?) de ser autênticos, não devemos desperdiçá-la;

3 – A partilha deve ter em atenção, nós e os outros, isto é, o que partilhamos vai ser construtivo? De que forma o vamos fazer? É reflexo de quem eu sou? Tem significado para a outra pessoa? E se não partilhar, quais as consequências?

4 - Ainda que algo seja verdadeiro e autêntico, podemos escolher partilhar ou não a nossa verdade, porque a verdade é uma construção pessoal… assim aquilo que partilhamos não é a sabedoria universal, uma verdade absoluta, mas apenas e tão somente a nossa verdade pessoal, subjectiva e arbitrária… por isso há alturas em que a nossa verdade apenas faz sentido para nós e para mais ninguém, isso não nos impede de a partilharmos, mas também não somos obrigados a partilhá-la.


O maior tratado de sinceridade que podemos fazer é connosco próprios, só depois podemos partir ao encontro dos outros. Sinceridade sim, sempre. Partilhar tudo, é uma opção em cada situação e momento, não me parece que exista uma regra, é preciso sentir o que é melhor e ter bom senso (seja lá isso o que for).

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