Estava escuro... tinha medo... mas fez-se luz, iluminava-me e a tudo o que me rodeava. Era eu, foi o que aconteceu quando me descobri a mim próprio!

segunda-feira, dezembro 26, 2005

O amanhã, depois do Natal…

Jesus já nasceu, o Natal já passou, e o que mudou em ti?

Viveste momentos alegres na companhia da família? Tiveste prendas e doces?

O que é que de especial aconteceu? Foi apenas um dia especial, como se fizesses anos e juntasses toda a família??


Ah, está bem, já me esquecia… os homens do lixo tiveram mais trabalho, os hipermercados e centros comerciais facturaram bastante mais, as pastelarias agradecem o movimento extra… foi um Natal positivo (pelo menos do ponto de vista económico). Ah, claro este ano todas as TV’s tiveram iniciativas especiais para angariar fundos ou para equipar hospitais ou distribuir prendas aos mais carenciados, são de facto gestos nobres de solidariedade.

E amanhã, como vai ser o dia do mundo? E amanhã como vai ser o teu dia?

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Questionar... para mudar!

Questionar é incomodativo e a mudança normalmente ameaça parte de quem somos ou fazemos. Ameaça hábitos e crenças instalados, por isso muitas vezes opta-se pela não-mudança, pois apesar de não contribuir para a evolução e dinamismo confere um suporte e uma base estáveis. Ou seja, é mais cómodo e simultaneamente mais seguro.

E se a não-mudança for mais perigosa e tiver consequências mais devastadoras do que a mudança para outro rumo que se tem de descobrir e desvendar?

Este é o exacto momento de te questionares sobre quem és, sobre a vida e o mundo. Não penses porém que isto é tão vago e supérfluo que nada podes fazer sobre o rumo da vida dos outros e do mundo, pois não agires, vais ser pior inclusive para ti. Mas não é por medo que deves agir é por AMOR:
1 – Ama-te
2 – Ama os outros

Isto leva a que precises:
1 – Conhecer-te
2 – Partilhares o teu ser e procurares em conjunto com outras pessoas “simples e normais” como tu, desenhar um caminho

Hoje em dia mais do que uma revolução política, económica ou militar urge no mundo uma revolução espiritual (que irá acontecer) e que mudará muita coisa para não dizer tudo. Testa saber se irás fazer parte dela ou se irás apenas assistir.

Questiona e avança rumo à mudança, pois a não-mudança será catastrófica!

terça-feira, dezembro 13, 2005

O riso da mudança

Isabel chega a casa por volta das 20h40. Tira o casaco, arruma as chaves e dirige-se para a casa de banho para tomar um banho relaxante bem merecido depois de um dia cansativo. Depois da água quente a ter amolecido ainda mais, vai nua para o quarto em busca do robe, mas deita-se em cima da cama e acaba por adormecer num instante.

Já não está em casa, encontra-se numa movimentada rua de Nova Iorque cheia de lojas como gosta, com os últimos modelos da moda e as últimas criações artísticas ali mesmo prontas a experimentar, prontas a comprar. Sente o vento gelado na cara e não resiste a entrar naquela loja que tem o vestido porque se tinha apaixonado no catálogo. Entra, não vê ninguém, não vê roupa, só um espaço amplo com 1 porta ao fundo (fica encantada com a originalidade do local). Abre a porta e vê uma pessoa vestida de enfermeira (realmente esmeraram-se na criatividade). Descobre uma televisão (e fica desiludida por não ser plasma mas tem esperanças que ainda faça parte do cenário específico da loja), vê um apresentador bastante sorridente enquanto relata uma situação de um sismo algures no Oriente, bom não liga muito, só que quando aparece a imagem, fica cismada, vê, esfrega os olhos, e realmente vê o seu filho a ser transportado numa maca, aquele filho que não é seu, que nunca teve. Começa então a pensar que o apresentador é um palhaço, como é que se podia estar a rir daquela situação, como é que se podia estar a rir daquele seu filho, que podia ser dele, que hipócrita, como podem haver pessoas assim como ele?

Acorda sobressaltada, percorre o corpo com as mãos, a certificar-se não sabe bem do quê, olha à sua volta e descobre que a sua casa, apesar dos tijolos, pode ser uma cabana, que a sua vida fria e rigidamente egoísta pode ser o riso do apresentador. E como ela o detestou…

Ainda que não exista nenhum compromisso da minha parte, as minhas desculpas aos leitores assíduos e aos menos assíduos pela ausência.