Estava escuro... tinha medo... mas fez-se luz, iluminava-me e a tudo o que me rodeava. Era eu, foi o que aconteceu quando me descobri a mim próprio!

terça-feira, janeiro 10, 2012

Saudade de Quem Sou



Soa a vazio, o olhar que se perde na mescla de pensamentos,

Confuso o sibilar dos sinos que não se encontram,
A coerência desaparece e o rumo desvanece-se.


Oh, como gostava de saber quem sou
Respirar a minha essência sem esforço ou sacrifício
Porém, parece que a minha identidade vive oculta
Até de mim próprio e contra a minha vontade


Surge um desespero desesperante que não se manifesta, mas inquieta
Uma vontade de apanhar o comboio da vida de outro qualquer
Que tenha uma vida, mais simples e pacata, mais monótona e enfadonha
Sem questões existenciais profundas


Mas a verdade, é que não existe outra, outra vida que possa ser vivida
Apenas esta é real, ainda que na saudade de ser quem sou
Pois perdido na viagem, não sei qual o destino, muito menos o barco que me levará


Resta-me ser vela ao vento, ao sabor da ondulação
Quem sabe se ao afogar-me não descobrirei quem sou.