A morte não tem dia nem hora marcada. Nem a nossa, nem a de um amigo ou familiar, não sabemos quando irá ocorrer. A morte é muitas vezes incompreendida, mal tratada, rejeitada como se de um cataclismo se tratasse.
Tememos que irremediavelmente fiquemos diminuídos de Quem Somos, que a nossa vida fique mais pobre, que percamos uma parte significativa da nossa identidade, como se nos roubassem o nosso urso de peluche que nos ajuda a adormecer à noite.
Mas a noite, tal como a morte não encerra em si as trevas, é antes luz na vida, uma expressão de amor incondicional que nos bate à porta e repetidamente fechamos a porta a sete chaves. O pesadelo, a dor, o luto de perder alguém domina-nos, temos tal apego ao que essa pessoa representa para nós e à importância que adquiriu na nossa vida, que ao desaparecer sentimo-nos perder o nosso rumo. É apenas matéria que se transforma, uma alma que segue o seu caminho e que quer que continuemos o nosso.
Ler isto, quase que parece uma afronta, um coração frio e congelado, insensível, confuso, uma defesa contra a morte para minorar o sofrimento.
Em verdade, a sabedoria acompanha a morte, ela é um espelho para o qual não queremos olhar com medo de nos descobrirmos e percebermos que quer a vida, quer a morte não passam de ilusões, porque TU jamais morrerás!
Assim qualquer amigo, familiar ou conhecido vive e viverá para sempre, ainda que acredites na ilusão da sua morte.
Que a sabedoria angelical te adoce o espírito, e ilumine nos momentos em que a morte te bater à porta!
Continuar-te-ei a amar hoje e sempre ainda que o teu corpo pereça!
segunda-feira, dezembro 21, 2009
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4 comentários:
fiquei a pairar numa núvem boa... :)
Olá David,
Todas as pessoas que não estão num corpo, vulgo que morreram, estão agora ao alcance de um pensamento, de um sentir, já não precisamos de lhes telefonar ou viajar centenas ou milhares quilometros para estar/sentir com elas.
Que Deus tão maravilhoso(a) é este/esta?
Até já,
Luís Carlos
A morte significa muitas vezes um renascimento.
Quando ela nos "bate à porta", de alguém que nos é muito querido, desperta para a maioria de nós sensações de tristeza, sofrimento, dor e medo, sentimos um vazio e não somos capazes de entender que não se trata de uma "verdadeira" perda, trata-se de um enorme apego que até poderá causar alguns "distúrbios" a essa alma que decidiu partir do mundo físico e seguir o seu caminho.
Todas estas palavras proferidas por nós são profundas e bonitas, mas a verdadeira questão é como é que cada um de nós vai viver e sentir a morte de alguém que amamos e com quem partilhamos as nossas vidas...
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