Por quem... a ti!

Quero ser leve pena, ao sabor do teu vento.

Aquece-me com o teu Amor,

Como chocolate quente no Inverno,

Banho quente em dia gelado.

Solta-se o beijo que não queres receber,

Preciso de te o dar, deixa-me viver,

A minha vida sem ti.

Trazes-me dor e sofrimento, ao rejeitares quem sou,

Olhas-me com desdém, também sou pessoa.

Olho o horizonte, com temor e esperança

Temor da tua frieza, esperança no meu amor

Que um dia possas descobrir o amor que sinto,

Onde quer que estejas, por quem quer que seja

Então perceberás o que vivi por ti.

Mas agora parte, vai e volta apenas quando tiveres descoberto o Amor em ti!

Os cegos de hoje

Observo o que me rodeia e vejo um atento olhar para o mundo, dotado de um sentido crítico apurado, cheio de ideias para transformar o mundo, cheio de opiniões sobre cada um dos semelhantes. Quase que fico contente, não fosse porém permanentemente esquecida a introspecção, descoberta e transformação pessoal. Como podes mudar o mundo se não sabes quem és? Como podes mudar o mundo, se permaneces igual?

Os cegos de hoje são os que se recusam olhar para si próprios e descobrir que são antes, agora e depois um ser inteiramente espiritual!!

Humildade vs. Qualidade

Todos nós já fizemos coisas maravilhosas, muito boas e outras que são simplesmente banais ou sem mérito algum. É assim mesmo, faz parte da natureza humana.

A humildade é castradora?

No entanto há algo que chamam de humildade que nos impede de reconhecer e orgulharmo-nos do que fizemos bem, de acreditarmos em nós.

Como que nos devemos sentir embaraçados do que fizemos quando se fala disso. Reconhecer quem somos implica reconhecermos e aceitarmos o que fazemos de bom e de mau sem complexos.

Ser bom é mau?

Se não ficarmos contentes com o que fazemos de bom e pudermos partilhar isso, com que nos vamos alegrar? Reconhecermos as nossa qualidades é bom para a nossa auto-estima e para o nosso ser pessoal, social, familiar, profissional e espiritual. É igualmente bom para os outros, pois beneficiam com isso.

A qualidade deve ser reprimida?

Se ser humilde é reprimir as minhas qualidades, não poder reconhecer e afirmar que já escrevi textos magníficos e outros que não valiam nada, então desculpem-me mas não quero ser humilde.

Será que é isto que é ser humilde?

O outro lado do acaso

A vida é uma criação! Ninguém contesta, tenha ela demorado milhões de anos ou um simples instante. Talvez um simples instante de milhões de anos.

Sentimos por vezes que não controlamos a nossa vida, mas que “algo” o faz. Seremos espectadores da nossa própria vida? Estará já o nosso futuro definido e destinado, sendo as nossas decisões, apenas o cumprir de um programa estabelecido que inocentemente chamamos liberdade?

Ou será que criamos a nossa realidade, muitas vezes de forma inconsciente, mas não deixamos de interferir com o nosso caminho?

A vida é uma criação sim! Mas uma criação conjunta em que somos os principais protagonistas. Quer dizer nós não, Deus… mas não somos nós também deuses?

O acaso da vida

A vida é um acumular de sucessivos acasos que por coincidência se sucedem numa determinada ordem?

A profundidade da vida não me deixa outra resposta senão esta pergunta:

Acreditas que a tua vida é um mero acaso?