Estava escuro... tinha medo... mas fez-se luz, iluminava-me e a tudo o que me rodeava. Era eu, foi o que aconteceu quando me descobri a mim próprio!

terça-feira, janeiro 02, 2007

Uma Lua na Escuridão



Este é um comentário que descobri recentemente, e foi realizado por mim num teste a um excerto de um conto de Maria Ondina Braga, A Rosa de Jericó. Trago-o até aqui pelas inúmeras similaridades e conotações que tem com este blog, basta atentar na mensagem, na simbologia,... Sem mais delongas:


“A mensagem que este texto pretende transmitir é que, independentemente da religião de cada um, da vida que cada um leva, das acções que realiza, existe só um Deus. E eu estou de acordo, pois pode-se ter várias interpretações e várias maneiras de compreender e realizar a existência de uma divindade, mas Deus é só um que existe.

Esta mensagem é fundamentada na existência de duas vidas religiosas diferentes: a de Francisco (católico) e a do seu pai adoptivo (budista), mas ambas convergem num só Deus, isto é perceptível no texto através da simbologia de vários elementos que irei explicar de seguida.

A Lua foi desde sempre associada a um saber oculto para além do humano. A noite e a escuridão têm a ver com o desconhecido e a Lua quebra esse desconhecimento pois constitui a luz no meio da escuridão, luz essa que é branca e simboliza a pureza e a revelação.

O facto de a Lua ter a forma circular aponta para ausência de distinção ou de divisão.

Aqui o menino observa a Lua cheia que ilumina com a sua cor branca a plena escuridão da noite. A Lua revela-lhe, um conhecimento que estava para além dos professores e catequistas. Francisco pensava que existiam muitas divergências e distinções entre a sua religião e a do pai quando na realidade ambas se dedicam a um único Deus indivisível tal como o círculo da Lua. A Lua revelou-lhe ainda que o velho tinha uma alma branca e pura tal como o rosto da própria Lua.”

07/12/1998


1 comentário:

bastard_o disse...

...olha, vês?!?! já de pequenino pensavas numa "luz na escuridão"...