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Filosofia religiosa, não obrigado! Que mania, quererem ligar tudo à religião, até parece que preciso de rezar para amar. Amo, simplesmente!
Claro que não! De facto não é preciso ser-se hindu, muçulmano, cristão, judeu ou de outra qualquer religião para se amar, de facto não é preciso sequer pertencer a religião alguma.
Amar é um sentimento interior que se traduz em gestos, acções, que se vive mais do que se expressa por palavras. Há quem diga que o Amor é uma expressão de Deus, ou o próprio Deus, e ao ir buscar Deus não estou a ir buscar a religião, estou a ir buscar a espiritualidade.
O Amor é algo universal não está preso a convenções, ou limites religiosos ou geográficos, no entanto há algo que também é verdade, o Amor brota de dentro de nós, da harmonia e da comunhão connosco, com os outros, com a Vida. Essa comunhão é por vezes mais notória numas ocasiões do que noutras, mais profunda e sublime conforme a altura da nossa vida, e resulta em muito do esforço que fazemos para procurá-la, descobri-la, alimentá-la, chame-se a isso estar em silêncio, orar, meditar, reflectir, procurar o sossego, buscar harmonia interior.
É nesse ninho de conforto interior que o Amor total e abnegado, sem exigências encontra a sua expansão. É aí que amadurece na sua essência e expressão, é quando estamos em sintonia connosco e com o mundo, uma sintonia real e não aparente, que nos sentimos mais fonte desse Amor e compreendemos que quanto mais dermos, mais recebemos!
Assim, o Amor encontra na espiritualidade uma fonte para a Vida, e há quem diga que se confunde com o próprio Deus. Talvez Deus seja tudo isso, o Amor, a Vida, tudo o que existe, nós inclusive.