Estava escuro... tinha medo... mas fez-se luz, iluminava-me e a tudo o que me rodeava. Era eu, foi o que aconteceu quando me descobri a mim próprio!

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Dia 25 de Dezembro celebramos o nascimento do salvador mas continuamos perdidos

Não coloco qualquer dúvida sobre a vinda de Jesus à terra e muito menos sobre a existência de Deus! No entanto nesta época natalícia queria partilhar algumas reflexões.

Interrogações
Se Deus é fonte de Vida, Amor e Alegria, e considerando que 1/3 da população mundial é cristã, não deveria significar a existência de plenitude e felicidade para pelo menos 1/3 das pessoas no mundo?
O nascimento de Jesus que celebrar-se-á dentro de duas semanas, é o enaltecimento de uma pessoa divina que veio salvar o mundo. Estranho é que esse projecto de salvação ao fim de + de 2000 anos não tenha ainda surtido efeito…

Então afinal o que é que se passa? Deus existe mesmo ou tudo isto é uma fantochada? Uma história para criancinhas em que acreditam biliões de pessoas?

As contradições
Bom, efectivamente o mundo ainda não achou um rumo que lhe permita viver em fraternidade e paz mundiais. Talvez isto decorra pela visão espiritual que tem sido proclamada e vivida ao longo dos tempos. A verdade é que pertencer hoje em dia a uma determinada religião na maioria dos casos é uma questão geográfica e não de vivência espiritual, basta pensar no caso da Palestina ou da Europa e percebemos facilmente as probabilidades que existem de se ser muçulmano ou cristão. Outro facto que é importante atender é que as religiões não conseguiram até aos nossos dias dar uma resposta integral e verdadeiramente convincente do projecto de Deus para os homens e da vida espiritual de cada um. Os “Deuses” vingativos, punidores, ou aqueles que nos deixam escolher o que queremos mas nos obrigam a percorrer um caminho para nos salvarmos, entram em profunda contradição com o sentimento interior dos humanos… que ficam muitas vezes confusos. Ora outro elemento estranho, será o facto de as religiões quererem sempre impor em cada década ou século a sua verdade como única e absoluta, quando década após década ou século após século vêm-se corrigir e dizer afinal aquele não era o melhor caminho. Para além do mais de ignorarem o que elas próprias afirmam, que Deus está permanentemente a revelar-se ao Homem, pois rejeitam as vivências humanas desse mesmo Deus quando está fora das que por ela são admitidas.

Então o que fazer neste caminho confuso? Bom, Jesus foi sem dúvida um mensageiro, alguém que pretendia efectivamente revelar o Deus do nosso mundo, mas parece-me a mim que nem tudo foi bem veiculado por quem se lhe seguiu e muitos outros mensageiros têm sido ignorados, Deus quer que descubramos a verdadeira essência da vida, mas não nos obrigará a nada, nem nos julgará por seguirmos este ou aquele caminho. Mas certamente que nos ajudará a orientarmo-nos para atingirmos a nossa meta, e se ela é o Amor e a Felicidade, não há dúvida que estamos no caminho errado.

Sugestão: procurar verdadeiramente o sentido da vida, e a comunhão espiritual com Deus, mas que resulte de um entendimento do nosso eu com o mundo e com Deus que não nos imponha coisas sem sentido e que sejam fonte de melhoria para a nossa vida.

Forma: procurar respostas na própria vida, parar para pensar, reflectir, orar, procurar pessoas espiritualmente esclarecidas (mestres, guias) ou pessoas em processo de busca, procurar propostas e ensinamentos, pistas em livros, músicas, filmes, na Natureza, no mundo. As respostas e as mensagens estão onde muitas vezes menos se espera. Acreditar que Deus também comunica connosco e que não tem de comunicar de maneira igual com todos, estar sempre atento às mensagens que muitas vezes ignoramos.

Proposta prática: leitura do livro Conversas com Deus, de Neale Donald Walsch

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