Estava escuro... tinha medo... mas fez-se luz, iluminava-me e a tudo o que me rodeava. Era eu, foi o que aconteceu quando me descobri a mim próprio!

quarta-feira, julho 21, 2010

O derradeiro desafio da coerência


O mais maravilhoso das partilhas é o que elas nos permitem crescer e reflectir, aprender e ensinar. Este dar e receber torna-se estimulante e construtivo, e assim tem acontecido com as partilhas do aniversário.



Hoje é dia 21 de Julho e faz precisamente 6 anos que o blog foi criado.



A coerência interna é antes de mais um acto de auto-defesa e então depois torna-se em integridade. Coerência não é fazer tudo igual, mas sim respeitar quem somos e o que sentimos. Ora isto rapidamente faz surgir porquê é que há tantas pessoas que não são coerentes, dizem, pensam e agem de forma diferente? As respostas podem ser variadas, mas vou-me centrar apenas em 2 das possíveis:



- Estão à procura do seu caminho e por isso mudam de opinião e tornam-se incoerentes temporalmente.

À primeira vista estas pessoas são incoerentes porque ao experimentarem o mundo e a si próprios, saltitam em opiniões, mudam de posição e de verdade. No entanto olhando um pouco melhor elas são coerentes, pois trilham o caminho da sua verdade, da sua descoberta e são coerentes ao escolher para elas aquilo que interiormente lhes faz sentido num determinado momento, sem falsidades ou pretensiosismos que não sejam o de serem felizes e se sentirem bem consigo próprios. O facto de mudarem de opinião ou atitude ao longo do tempo, não as torna incoerentes, embora numa análise superficial o possam parecer. Não mudar de opinião ou atitude perante as evidências é que seria de estranhar.



- Fazem tudo o que lhes é possível para serem bem-vistos aos olhos dos outros, agradam a toda a gente e desmultiplicam-se em sorrisos e simpatias.

Quem age com o único propósito de satisfazer os desejos dos outros ou colher o seu apreço, age de forma politicamente correcta, não diz que não, e as suas atitudes transparecem uma grande coerência ao nível exterior. No entanto são sustentadas por um vazio, o que dizem e fazem não está em sintonia com o seu sistema de valores e crenças, pelo que muitas vezes se tornam falsos e hipócritas, não se trata de serem cordiais ou respeitadores mas sim bajuladores para caírem nas graças alheias. Vivem da imagem e aparência e alimentam-se do reconhecimento e simpatias externas. Resignam ao seu SER para se submeterem ou PARECER. Assim naturalmente não são pessoas coerentes, pois estão mais preocupadas com o que os outros vão pensar delas, do que com quem são e se o que fazem e dizem reflecte quem são. Vivem para satisfazer o seu ego que é uma armadilha ilusória de felicidade. Pois quando esse reconhecimento e importância exterior caiem no abismo do vazio, tiram-lhe o tapete debaixo dos pés.





Ser coerente não é importante, a não ser que isso nos leve à felicidade.

1 comentário:

2ndChance disse...

A vida é realmente uma surpresa!
Estive mais dum ano na mesma sala que tu, 5 dias por semana, mais de 8 horas por dia e só quando partiste te passei a conhecer.
A simpatia que nutria por ti passou então a admiração. Sim, David, és uma pessoa que eu admiro, pela coragem que demonstras ao lutar pela felicidade.
Bjs