Dizemos que somos tolerantes, compreensivos, mas os nossos actos atraiçoam as palavras. Queremos ter a paz, justiça e fraternidade como valores, mas mal-dizemos, criticamos cegamente, somos intolerantes.Somos até capazes de produzir textos inspiradores, mas tornamo-nos desinspiradores com a nossa insensatez, a nossa cobardia, a nossa falsa modéstia.
Mas há algo de extremamente intrigante, quem é este “nós”? Tu sabes? Ah é aquela tua vizinha, e o rapaz do trabalho? Não, não é aquela beata da igreja. Ainda bem que tens a resposta tão pronta, temia que pudéssemos ser tu ou eu.

