Quando descemos do céu à terra, do nosso mais profundo sonho à realidade, percebemos que aquilo que nos faz sorrir, nos faz brilhar o olhar, prende a nossa atenção e cuidado, é aquilo que por vezes procuramos afastar de nós, dissimular entre actos racionais pervertidos, enganar o nosso eu, da verdade que ele e só ele conhece tão bem, mas que jamais pode admitir sincera e honestamente.
Será medo? Medo da rejeição, medo da verdade, medo de se ser o próprio, medo do que os outros vão dizer, vão pensar, medo de ser algo grandioso demais.
Será falsa humildade? Não mereço isso, não é algo que esteja ao meu alcance, eu não tenho o direito a tamanha felicidade, só vou atrapalhar a vida de alguém.
Será amor? Amor tão grande e verdadeiro que quer dar oportunidade e não aprisionar, libertar. Mas será liberdade aprisionarmo-nos a nós próprios em nome da virtual e hipotética liberdade dos outros, que não o é, pois só se é verdadeiramente livre se se puder optar, mas nós negamos o direito à opção, ao não revelá-la.
Não afastes aquela pessoa, aquele acontecimento, aquele acto ou objecto simplesmente porque te auto-convenceste de que é a melhor solução... talvez não seja...
Pensa nisto que eu também vou pensar ;)
terça-feira, março 15, 2005
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