Estava escuro... tinha medo... mas fez-se luz, iluminava-me e a tudo o que me rodeava. Era eu, foi o que aconteceu quando me descobri a mim próprio!

sexta-feira, novembro 26, 2004

O pesado fardo das relações humanas!

"Quando vemos sempre as mesmas pessoas - e isto acontecia no seminário - acabamos por considerar que elas fazem parte das nossas vidas. E como elas fazem parte das nossas vidas, passam também a querer modificar as nossas vidas. E se nós não formos como elas esperam, ficam chateadas. Porque todas as pessoas têm a noção exacta de como devemos viver a nossa vida."

in Alquimista de Paulo Coelho

Isto acontece desde a família, aos amigos, passando pelos simples colegas ou conhecidos.
- Porque criamos expectativas e exigimos aos outros aquilo que nós esperamos deles?
- Temos o direito de nós ficarmos chateados pq os outros n correspondem aquilo q nós queríamos que eles fossem? (Que sentimento + egocêntrico...)
- Onde está a liberdade individual?
- Não é isto uma grande limitação de cada um atingir a sua plenitude?
- Será que é por isto que tantas relações falham? Quer sejam de amizade ou amorosas?

O outro tem de corresponder às nossas expectativas, o que implica q fará todos os esforços para não nos desiludir, m aí deixa de ser ele próprio, até que um dia deixa de o conseguir, de lhe ser possível satisfazer as exigências e o quadro que desenhámos dele. Dizer a alguém q é tudo na nossa vida, é colocar uma tremenda pressão sobre essa pessoa. Quando se começam a sentir frustrados e incapazes de desempenhar tal papel, começam a reclamar o seu próprio eu, para se salvarem a si (e tb à relação), altura em q a outra parte começa a afirmar e a queixar-se de que estão “realmente mudados”!
Quantas pessoas não passaram já por uma situação destas? Entre pais e filhos, amigos, namorados, marido e mulher…

Afinal o que são e para q servem as relações humanas? Para criar dependência, fazer exigências, e depositar expectativas “pesadas” sobre outrem, sobre o fino pretexto do Amor?

segunda-feira, novembro 22, 2004

Onde estou, para onde vou?

Escrever ao acaso, palavras que sejam luz para quem as lê, alento para qm as ouve, inspiradoras para qm as escreve é um trabalho complicado, por isso vou limitar-me a uma escrita que transmita uma partilha q pode ser de mtas pessoas.

Estou em casa, sozinho a pensar na vida. N consigo concentrar-me em nd (e bem q preciso), tenho mais perguntas do q respostas, e tds os caminhos parecem ser túneis fechados na busca da verdade. Sinto q sozinho n tenho coragem nem força pa percorrer o caminho da descoberta plena e da afirmação da minha verdadeira identidade numa sociedade de falsa liberdade.

Fecho os olhos e respiro suavemente, imagens impercetíveis passam-me pela cabeça, pela minha mente, ao mm tempo q vou escrevendo. Quero sentir um sinal, algo q me aponte uma direcção, tvz mais do q isso, q me dê forças para ousar, para emprender.
O q tenho q fazer? Como fazer? Descobrir-me amplamente e definir qm é q eu quero ser...

É preciso disponibilidade interior, criar uma paz dentro de nós, e buscar activamente as respostas. Claro q n caem do céu, claro q n chegam por correio (ou secalhar sim). Mas devemos confiar naquilo q sentimos, nas nossas impressões, nos acontecimentos. Devemos procurar "meios" q nos ajudem a completar esta busca pessoal de discernimento e reflexão, etc, como algumas pessoas, alguns caminhos q são propostos em livros, em filmes, na vida quotidiana, m essencialmente fazê-lo de uma forma empenhada, suportados na fé de q somos mt mais do q o q imaginamos ser e q n estamos sozinhos nesta luta (q de vã n tem nd)!


“Há pessoas diferentes, que mudam o Mundo e nos fazem corar de vergonha por tanto comodismo, por tanto conformismo. É horrível, mas se calhar têm mesmo que morrer para nos transformarmos um bocadinho...” Isabel Stilwell


Só depende de nós, sermos uma delas...

segunda-feira, novembro 15, 2004

Patriotismo vs Humanismo

Analfabetismo
Portugal
Em Portugal cerca de 9% da população é analfabeta (Censos 2001), o que representa uma realidade dramática de cerca de 1 milhão de pessoas sem saberem ler nem escrever. Obviamente devem ser tomadas medidas que permitam inverter rapidamente esta situação e todos nós nos devemos empenhar para a resolução deste problema que nos aflige.

Resto do Mundo
Mas será que nos afligem os 59,9% de analfabetos em Moçambique (Censos 1997)? Ou os 62,2% de anlfabetismo no Paquistão (Dados 1999)?

Mortes
Portugal
Em Portugal ocorrem, por ano, cerca de 42.000 mortes por doenças cardiovasculares (Dados 2003). Esta situação preocupa-nos por vermos que cada vez há mais portugueses a morrer nesta situação. As duas principais causas são:
- envelhecimento da população
- obesidade (Razões)
* crescente urbanização
* redução da prática de exercício físico
* alimentação pouco saudável (excesso de gorduras saturadas e sal, e pobre em fibras
vegetais).

Se avaliarmos a situação a nível mundial, constatamos que se trata de uma verdadeira epidemia deste século, e que é necessário dedicar muito mais atenção a este problema.

Por cada morte nas estradas portuguesas o nosso sentimento de revolta cresce contra este grande flagelo, que mata milhares todos os anos. Exigem-se medidas urgentes quer nas infra-estruturas, quer na atitude das pessoas.

Resto do Mundo
Mas e o que pensamos, dizemos ou fazemos pelos 40 milhões de pessoas no mundo que morrem de fome todos os anos? E relativamente às dezenas de pessoas que morrem diariamente na guerra do Iraque? Bom talvez te sintas triste e revoltado, mas certamente passado pouco tempo ter-te-às esquecido. Talvez quando morrer um GNR caia o Carmo e a Trindade em Portugal, pouco se importarão(importam) com os milhares de iraquianos que já morreram, ou com as centenas que já ultrapassam largamente o milhar de estrangeiros que morreram lá (militares americanos e de outras nacionalidades bem como civis).

Conclusão
Bom... poderia prolongar muito mais os exemplos e extendê-los a outras áreas, mas penso que já fiz perceber o meu ponto de vista...

Afinal não somos todos humanos? Parte do sentimento patriótico é sentir com mais pesar e preocupar-me mais com as vidas humanas portuguesas de que de qualquer outra nacionalidade?? Então digo a esta parte do sentimento nacional e de patriotismo, NÃO OBRIGADO!!!

sábado, novembro 06, 2004

Porque existimos?

Bom, esta será concerteza uma das perguntas mais badaladas e discutidas de todos os tempos. Filósofos, antropólogos, teolólogos, cientistas,...,... já teorizaram sobre esta questão. Milhões e milhões de pessoas já se perguntaram, alguns milhares pelo menos já deram opiniões de A a Z... O que pode trazer esta reflexão de novo?
Bom de novo secalhar nada, pois já muito foi escrito, mil e uma ideias foram difundidas e certamente hão-de se cruzar algumas ideias expressas por outros, no entanto irá ser uma reflexão de alguém que tem um profundo interesse no tema e algumas ideias sobre o mesmo que quer partilhar, e lhe imprime o seu cunho pessoal, pelo q assim será única!

Infernalmente inseridos num mundo que não compreendemos, que não integra a nossa visão do mundo, nem apresenta uma explicação, uma ideia sobre a realidade multidimensional e complexa que nos rodeia que seja inteiramente consistente, ficamos sem uma resposta convincente para a pergunta "Porque existimos?".
Não pretendo dar uma resposta cabal e exaustiva, mas chamar à atenção para alguns aspectos que penso ajudarem a esclarer a questão, mas que implicam o nosso empenho e reflexão.

1- Quem somos? Não é simples a resposta. No meu entender somos um ser tri-dimensional: corpo, mente e espírito. Então começa por ser fulcral comprender cada uma das nossas dimensões e como se relacionam entre si, com o mundo e principalmente o q é q elas definem na nossa existência. Perceber também que após percebermos quem somos (q n é assim tão linear) somos nós que optamos pelo q queremos ser. No entanto a esmagadora maioria das pessoas vive a vida 80-90% (quando n é 100%) na dimensão física e 10-20% na dimensão da mente.

Para que não pareça muito esotérico ou utópico digo que n é isto q disse q vai dar o click q faltava na vida de ng, isto é antes uma chamada de atenção, para o caso de concordarem com as 3 dimensões, do tempo que dedicamos e entendimento que temos de cada uma delas.

2 - Alguém me explica o ciclo da vida? Bom, nascer, crescer, estudar/trabalhar, morrer. Fogo, alguém me diz que a vida não se resume a isto? Bom eu digo claramente que a vida é muito mais do que isto!!! O que não significa que na prática para as pessoas o seja. Quem vive acreditando que uma ovelha é um carro, ainda que seja mentira é essa a sua realidade e verdade absoluta. Quero com isto dizer que qd se desconhece algo, a vivência de outra coisa diferente é a verdade real e concreta.
Pois bem, é necessário perceber a nossa dimensão espiritual, no fundo o mundo espiritual apesar de coexistir com a forma física não se resume a ela. Quero com isto dizer, que cada espírito que faz parte do nosso ser tem uma caminhada, e é a nossa verdadeira essência, longe de sermos apenas um conjunto de ossos, músculos, veias, órgãos, mt bem articulados num sistema que faz inveja à tecnologia de ponta. Tendo um propósito, que nós podemos e devemos conhecer/fazer por conhecer conseguimos perceber o que realmente nos move, o que realmente move o mundo.
Não digas já, isto não é para mim! É PARA TODOS! Agora tal como um médico, não sabe operar doentes quando nasce, tb nós não podemos cair na frustração ou desprezismo pelo simples facto de ainda não sermos capazes de algo. Tal como o médico teve que estudar, tb nós temos q dedicar tempo à espiritualidade. Muitas questões se colocam é verdade, temos q procurar as respostas, e certamente haverá muitas mais do que aquelas q imaginamos à priori. O mundo tem uma dimensão muito mais profunda e rica.

3 - Ciência vs Espiritualidade - Já muitos cientistas e autores falaram da compatibilidade destes dois aspectos, não se contradizem de forma alguma, aliás integram-se na perfeição. A evolução biológica, os ritmos da vida têm em tudo a ver com os ritmos de Deus e a vivência da espiritualidade, está tudo harmoniosamente interligado. Talvez o que vemos hj seja uma detorpação, uma adulteração dessa harmonia, que obriga a uma adaptação dos meios naturais, que pode levar à extinção da vida humana como a conhecemos hoje. No entanto ainda estamos a tempo de travar este processo, existem formas concretas e todas as pessoas são necessárias!

Também outro aspecto a referir é que o desenvolvimento tecnológico de nada serve se não utilizado por espíritos esclarecidos, por mentes "correctas", por pessoas "boas". A inteligência do ser humano conseguiu descobertas maravilhosas, mas a mesma inteligência utiliza-as para se matar...

De forma resumida diria que existimos porque temos um projecto espiritual a desenvolver, apesar de o ignorarmos ao nível consciente. No fundo procuramos experenciar um conjunto de situações/sensações/sentimentos cuja expressão se efectiva no mundo físico.

Coloca todas as tuas perguntas, ou dá a tua opinião, para eu também poder abordar e explicar alguns pontos de vista q n desenvolvi ou mencionei e para trocarmos impressões.