Estava escuro... tinha medo... mas fez-se luz, iluminava-me e a tudo o que me rodeava. Era eu, foi o que aconteceu quando me descobri a mim próprio!

quinta-feira, novembro 01, 2012

Sono dourado






Dormir, esquecer, apagar.


A vontade que por vezes nos invade de sermos invisíveis e inexistentes até para nós próprios.

No fundo uma hibernação sem tempo determinado.

Não é que a vida seja má, estejamos doentes ou com uma qualquer dificuldade existencial, apenas nos apetece desaparecer magicamente sem ser necessário explicações freudianas de comportamento ou análise racionais sempre essa vontade. Simplesmente apetece e ponto final.

Compreender e aceitar esse desejo e vontade, é crucial perante nós próprios e os outros, sob o senão da intelectualização das relações que consomem o espaço para o nosso sono dourado, a que todos temos direito, mas na maioria das vezes não temos a ousadia de o assumir e reclamar.

A hibernação é um direito, julgo que deveria ser lei da humanidade dentro do Ser de cada um de nós, pois essas são verdadeiramente as únicas leis verdadeiras e reais.

terça-feira, julho 24, 2012

Ser Feliz... um caminho sinuoso

Ser Feliz... é um desejo humano universal que atravessa os tempos...


E quando pensamos ter encontrado a resposta ou o caminho, por vezes, voltamos a sentir-nos perdidos... e questionamos todas as nossas certezas anteriores, pois já não sabemos o que pensar ou como agir.

Como podemos então empreender a nossa jornada, no caminho da felicidade, com sucesso? Parece-me que há um princípio fundamental: ACEITAR A MUDANÇA! Termos a capacidade de adaptarmo-nos em 1º lugar a nós próprios e não ficarmos presos às nossas convições e escolhas no passado, porque elas evoluem e aquilo que queríamos e acrediamos também evolui, é normal. Basta ver como as pessoas se vestiam há 20 anos e se vestem hoje...

Por outro lado, aceitar as mudanças não previstas e aquilo que não se sucedeu como queríamos na nossa vida é muito importante... pois não controlamos o universo e temos de seguir em frente. Reanalisar e sentir porquê é que aconteceu, deixar um pouco a mente de lado e deixar a intuição fluir.

Isto não significa resignarmo-nos com os acontecimentos, ou não fazer nada para a vida tomar o rumo que desejarmos... mas nem sempre o que pensávamos ser o melhor para nós, o é efetivamente e só mais tarde o percebemos. Aceitar que podemos não ter as respostas todas, é um 1º passo para aceitarmos a Mudança de braços abertos. Abrir a mente e o coração ao que a vida nos vai oferecendo, sem perder o rumo do nosso propósito de vida :)

quinta-feira, março 22, 2012

Aceitar o Outro





Cada um de nós é perfeito em cada momento. Cada pessoa faz o melhor que sabe e torna as melhores decisões em cada situação de acordo com o seu nível de conhecimento e consciência.


Honra isso!

Não estás na Terra para mudares os outros, mas para evoluíres e cresceres e isso passa também por aceitares os outros exactamente como são.

Claro que em 1º lugar tens de te aceitar a ti.

Os outros são a tua oportunidade e reflexo, descobre-te nos outros pois eles são o teu espelho, ainda que por vezes o teu ego te diga que jamais terias alguma semelhança com aquela pessoa. No entanto, se ela te irrita é porque tem uma conexão contigo. Tens de ser tu a mudar de atitude!

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Grandiosidade vs Vulnerabilidade

Será a grandiosidade a nossa maior fraqueza, ou a vulnerabilidade a nossa maior fortaleza?

As questões da vida, por vezes complicam-se dentro da nossa cabeça, confundem-se no nosso coração e pese embora haja um espírito iluminado que nos orienta e guia, nem sempre lhe conseguimos aceder.

Se lutares boxe, quando defrontas lutadores da 3ª divisão, podes perder um combate, mas se és o campeão mundial, num combate podes perder um título de pesos-pesados.


Significa isto que quanto mais crescemos e aprendemos, mais temos a perder?
A resposta é simples. NÃO! E sabes porquê, porque a vida não é uma competição com ninguém. A vida é “apenas” um processo, e nos processos não há vencedores, nem vencidos, não há conquistas nem perdas, as coisas apenas acontecem.

O nascimento de um bebé, é o nascimento de um bebé, quero tu o filmes com infra-vermelhos e raios-x ou faças um desenho de criança. A tua experiência de como o vives pode variar mas o acontecimento não muda, pela tua experiência.

Onde quero então chegar com isto?

A um ponto muito simples, que todos nós somos gigantes de luz que nascem da escuridão. O que é que acontece quando entras numa sala que está às escuras, não vês nada. E quando acendes a luz, tudo fica visível de repente.

O segredo é saberes que tu és a luz e que só tu a podes apagar e acender, e essa sim é tua maior força e simultaneamente fraqueza.

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

O Medo da Ilusão





Receio ter vivido tempo demais uma ilusão, um sonho pelo qual lutei e dei o meu melhor e até fiz algumas conquistas. Agora restam 2 soluções: continuar a viver a ilusão ou terminar com ela, mas não sei qual delas é a mais dolorosa.


A 1ª já é um sofrimento porque o sonho, o alento, o gosto que a ilusão proporcionava já se desvaneceu ao perceber que não é real, que vivi enganado, apesar de ser o que queria e desejava. Por outro lado acabar com a ilusão é matar uma forma de ser e estar e adoptar um registo que já não é o meu e em que não acredito, mas que é a única alternativa que conheço e que permite viver ou sobreviver.

Haverá uma 3ª solução?

terça-feira, janeiro 10, 2012

Saudade de Quem Sou



Soa a vazio, o olhar que se perde na mescla de pensamentos,

Confuso o sibilar dos sinos que não se encontram,
A coerência desaparece e o rumo desvanece-se.


Oh, como gostava de saber quem sou
Respirar a minha essência sem esforço ou sacrifício
Porém, parece que a minha identidade vive oculta
Até de mim próprio e contra a minha vontade


Surge um desespero desesperante que não se manifesta, mas inquieta
Uma vontade de apanhar o comboio da vida de outro qualquer
Que tenha uma vida, mais simples e pacata, mais monótona e enfadonha
Sem questões existenciais profundas


Mas a verdade, é que não existe outra, outra vida que possa ser vivida
Apenas esta é real, ainda que na saudade de ser quem sou
Pois perdido na viagem, não sei qual o destino, muito menos o barco que me levará


Resta-me ser vela ao vento, ao sabor da ondulação
Quem sabe se ao afogar-me não descobrirei quem sou.