Estava escuro... tinha medo... mas fez-se luz, iluminava-me e a tudo o que me rodeava. Era eu, foi o que aconteceu quando me descobri a mim próprio!

sexta-feira, dezembro 31, 2010

Sentado na escuridão mórbida da luz do dia, desespero num sossego devastador.
Olho os carros, mas não os vejo. As pessoas passam mas é como se não existissem.
Estou sozinho, perdido, angustiado e desiludido... com a vida, com os outros, mas sobretudo comigo.

Não fui capaz de ser fiel a mim próprio (também é difícil ser-se fiel a quem não se conhece...)

Queria desaparecer, mas não gosto de desistir. Sinto-me sem forças.

As luzes não existem, os túneis são impenetráveis.
Perdido no meio do oceano, clamo por ajuda, mas não há barco nem vivalma que me acuda.

Acho que começo a perceber o que um dia ouvi de alguém... é preciso morrer para renascer... embora custe horrores matar-me para poder viver livre.

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