Sentado na escuridão mórbida da luz do dia, desespero num sossego devastador.
Olho os carros, mas não os vejo. As pessoas passam mas é como se não existissem.
Estou sozinho, perdido, angustiado e desiludido... com a vida, com os outros, mas sobretudo comigo.
Não fui capaz de ser fiel a mim próprio (também é difícil ser-se fiel a quem não se conhece...)
Queria desaparecer, mas não gosto de desistir. Sinto-me sem forças.
As luzes não existem, os túneis são impenetráveis.
Perdido no meio do oceano, clamo por ajuda, mas não há barco nem vivalma que me acuda. Acho que começo a perceber o que um dia ouvi de alguém... é preciso morrer para renascer... embora custe horrores matar-me para poder viver livre.
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