Estava escuro... tinha medo... mas fez-se luz, iluminava-me e a tudo o que me rodeava. Era eu, foi o que aconteceu quando me descobri a mim próprio!

segunda-feira, abril 25, 2005

A ilusão... da importância

Olhar o mundo e perceber que não se é importante para ninguém, nem útil para nada, é uma ilusão por vezes frequente quanto assustadora, mas nada mais do que isso, uma ilusão.

Às vezes é uma ilusão que constrói muros de realidade, e assume as profundezas interiores e que activa o medo, a retracção, o isolamento, a negação, a auto-destruição, o desespero e sofrimento. Pode levar horas, dias ou anos... mas ainda que não houvesse mais nada nem ninguém, nunca deveríamos negar que somos importantes por nós mesmos e para nós mesmos.

Não centres a tua descoberta nos outros, centra-a em ti mesmo.

segunda-feira, abril 18, 2005

A escuridão do dia...



O dia amanheceu, mas não para mim

A noite escura e tenebrosa há muito que se instalou

E o luar desapareceu.

Esperei por uma estrela encantada ou simplesmente cadente

Com a qual pudesse viajar.

Novo dia amanhece agora,

Mas a luz não me toca

Tu não me sorris

O meu coração fica preso da tristeza e amargura,

Da solidão e desencanto,

Na esperança de uma mão ou silêncio

Que lhe restituam a alegria do sol e a cor da vida,

Continua ignorado no recanto a que ninguém ousa ir

Por medo, apatia ou desprezo.

Quando um dia souberes quem sou, (se descobrires)

Já terei perdido muito, já terás perdido muito,

Já terão perdido muito, pois o vosso olhar de resvalo

Esbatia sempre na incompreensão de quem tenta

Compreender aquilo que não conhece, nem é,

Mas que julga que os seus juízos são a luz do esclarecimento

E a revelação da verdade, não sendo mais do que uma pseudo-realidade.

terça-feira, abril 12, 2005

Depois...

Hoje publico aqui um texto que achei muito, muito interessante e real retirado do site Sonhos e Realidades entitulado Depois...

Convencemo-nos que a vida será melhor depois...
depois de acabar os estudos,
depois de arranjar trabalho,
depois de casarmos,
depois de termos um filho,
depois de termos outro filho.
Então, sentimo-nos frustrados porque os nossos filhos ainda não são suficientemente crescidos e julgamos que seremos mais felizes quando crescerem e deixarem de ser crianças.
Depois, desesperamos porque são adolescentes, insuportáveis. Pensamos: "Seremos mais felizes quando esta fase acabar!" Então, decidimos que a nossa vida estará completa quando o nosso companheiro ou companheira estiver realizado...
Quando tivermos um carro melhor...
Quando pudermos ir de férias...
Quando conseguirmos uma promoção...
Quando nos reformarmos...
A verdade é que NÃO HÁ MELHOR MOMENTO PARA SER FELIZ DO QUE AGORA!
Se não for agora, então quando será?
A vida está cheia de depois... É melhor admiti-lo e decidir ser feliz agora, de todas as formas.
Não há um depois, nem um caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho e é AGORA!
Deixa de esperar até que acabes os estudos...
até que te apaixones...
até que encontres trabalho...
até que te cases...
até que tenhas filhos...
até que eles saiam de casa...
até que te divorcies...
até que percas esses 10kg...
até sexta-feira à noite ou Domingo de manhã...
até à Primavera, o Verão, o Outono ou o Inverno,
ou até que morras...
para decidires então que não há melhor momento que justamente ESTE para seres feliz!
A felicidade É um trajecto, não um destino.

segunda-feira, abril 04, 2005

O navio da vida e da morte...

Com a devida autorização publico aqui um texto que gostei muito, que encontrei no blog Clara Mente e que neste momento da morte do Papa João Paulo II, faz muito sentido. Este texto é uma passagem do Talmude.

«Numa baía, havia dois navios: um saindo para uma viagem e outro chegando ao porto. Todos aplaudiam o navio que partia, mas o que chegava mal era notado. Sobre isto observou um sábio homem: “Não vos alegreis com um navio que parte, pois não se pode saber que terríveis tempestades ele terá de enfrentar, e que perigos ameaçadores poderá ter de passar. Alegrai-vos antes com o navio que chegou ao porto em segurança e que trouxe os seus passageiros de volta em paz.

E é assim o mundo: quando nasce uma criança, todos se alegram; quando alguém morre, todos choram. Deveríamos fazer o contrário. Pois ninguém pode prever que provas e sofrimentos esperam uma criança recém-nascida; mas, quando um homem morre em paz, deveríamos alegrar-nos, pois ele completou uma longa jornada, e não há maior dádiva que deixar este mundo com a indestrutível coroa de um bom nome.»