Estava escuro... tinha medo... mas fez-se luz, iluminava-me e a tudo o que me rodeava. Era eu, foi o que aconteceu quando me descobri a mim próprio!

sábado, abril 25, 2009

Quando o silêncio diz mais do que as palavras

Ouvi falar muito bem do filme, a pessoas chegadas e com alguma cultura cinéfila. Fiquei interessado e hoje fui saciar a minha curiosidade. Ia pelo que tinha ouvido de crítica e breve resumo da história com alguma expectativa.


Comecei a ver o filme e pareceu-me interessante, com o desenrolar da história considerei, ok é um bom filme, nada de fantástico mas bom. Depois com um final do filme de bastante qualidade considerei, é mesmo um bom filme (tal como existem também muitos outros)!


Mas … há sempre um mas quando menos esperamos: o filme acabou e ninguém se levantou, literalmente ninguém (a sala estava a 80%), mais de 1 min e tudo em silêncio sentado, já com os créditos a passar e apenas com a música final de fundo e ninguém se levantou. Este acontecimento sem dúvida elevou o filme para um patamar especial.


Ah já agora, o filme é o Gran Torino :D

quinta-feira, abril 23, 2009

Ser é tudo o que precisas de fazer :D



A importância da substância interior ser consistente, é que posteriormente isso permite que os ajustes na vida surjam de forma fluida e as posições tomadas sejam coerentes, não tens que estar a pensar no que é que tens de fazer para Seres algo, isso é inverter o processo. Aquilo que tu és, é que define o que fazes e como o fazes. Tem calma nos teus avanços, sê paciente, olha para o que já progrediste. Não queiras ser já o aluno de secundário que resolve teoremas e probabilidades, estás na escola da vida espiritual, passo após passo e estás a ir a bom ritmo, não tens de saber e compreender tudo hoje, mesmo que saibas que existe muito para além do nível onde estás.


Abraço eterno do universo ou de mim ou de ti


(no fundo é tudo a mesma coisa :-))


domingo, abril 19, 2009

A coragem de desafiar...


O nosso tempo

O nosso tempo para SER é ilimitado. O nosso tempo para fazer e viver a vida tal e qual a conhecemos e nos conhecemos é limitado. Temos 24h/dia e uma EMV (Esperança Média de Vida) de aproximadamente 75/80 anos. O tempo da maioria das pessoas está bastante preenchido e retirando as refeições e dormir divide-se entre o trabalho, estudos, família, namoros, o desporto, cultura ou outras actividades. No entanto há uma questão que se impõe, será que estamos a fazer as melhores escolhas para o que dizemos querer?


Resposta comum: as escolhas possíveis! Será mesmo que não é possível fazer diferente, melhor, sentir maior realização, novas emoções, criar outra estabilidade, crescer e viver de modo mais pleno?


Não gosto de catalogar as pessoas mas julgo que a maioria das pessoas está numa destas 4 fases da sua vida: Absorção, Questionamento, Confronto ou Mudança.



A fase da absorção caracteriza-se por uma total dedicação à vida do quotidiano, pouca reflexão sobre o que se faz, sobre o mundo, porque se tem pouco tempo disponível e ficar a olhar para o ar ou a pensar não paga contas

. Utopias e sonhos são bonitos mas é nos filmes e livros, pois na vida real as coisas são diferentes. Este é claramente uma fase que se caracteriza por um grande desconhecimento da grandiosidade da Vida, de Deus e do EU, de que cada um de nós é uma alma maior unida a milhões de outras.


Na fase do questionamento, colocamos em dúvida algumas convicções ou ensinamentos que nos foram transmitidos. Sentimos que algo não está bem, as coisas não deviam ser assim e questionamos porquê é que o são?

Perguntamo-nos porque somos quem somos, porque fazemos o que fazemos, porque é que Deus permite que tanta coisa de mal aconteça. Colocamos em causa formas e convenções sociais:


* Porque é que me hei-de casar e convidar 200 pessoas, se 80% delas não me dizem nada?

* Porque é que tenho de ter uma vida em que vou para o trabalho gasto 2h a ir vir mais 9h a trabalhar, chego a casa e vou fazer o jantar, arrumar a casa e dormir?

* Porque é que tenho de trabalhar tanto numa coisa que não gosto e receber tão pouco?

* Porquê? Porquê?

* O que é que eu fiz de mal para merecer isto?

Esta fase de dúvidas e questionamento é muito importante, é uma fase de conflito interior e exterior em que percebemos que há coisas que não fazem sentido, não têm lógica que não nos servem. É também a forma como reagimos que determina o nosso avanço para a fase do confronto, ou o regresso à fase da absorção.


Quando avançamos para a fase do confronto, começamos por realizar uma auto-análise e a tentar perceber quais os comportamentos ou convicções que temos e já não nos servem, perguntamo-nos como podemos mudar de rumo. Adoptamos novos comportamentos, reflexo de novas crença, pode passar por coisas simples como que é altura de começar a fazer desporto para ter uma vida saudável, deixamos de rebaixar a cabeça perante o patrão ou a mãe controladora e autoritária, defendemos que a paz não se consegue atingir através da guerra.


É nesta fase que é preciso ter algum cuidado para não cair no erro de se recriminar por escolhas anteriores ou de entrar numa espiral de auto-depreciação, auto-desvalorização e de culpa. Fazemos sempre as melhores escolhas (por pior que nos pareçam) de acordo com o que somos capazes em cada momento.


Esta fase é não só uma fase de confronto com as nossas raízes, identidade e acções, mas também a fase em que confrontamos os outros com a nossa nova realidade, o nosso eu que evoluiu. Assumimos as nossas novas opções, damos um passo em frente.


Assim, mais rapidamente uns, outros de forma mais demorada avançam para a fase da mudança, em que as dúvidas não desapareceram mas deram origem a uma evolução interior, o confronto não consumiu mas projectou-se nas atitudes. E as mudanças interiores reflexo de ponderação, debate e reflexão produzem uma transformação ao nível do ser e do fazer. As atitudes mudam e os comportamentos alteram-se e provavelmente muitos estranham, mas são simultaneamente afectados por isso.


Dinamismo do processo

Este é no entanto um processo muito dinâmico e caracterizado por uma certa dimensão cíclica. Isto é, o facto de vivermos uma mudança num determinado nível da nossa vida não significa que não estejamos na fase da absorção noutros aspectos, e que possamos percorrer o processo novamente. É até normal que assim aconteça dado que varia da dimensão e importância das mudanças e o tempo espaço que necessitam para acontecer.


É preciso termos coragem para nos desafiar e desafiar os outros.

Não é uma obrigação, mas uma necessidade.

domingo, abril 05, 2009

HOJE VOU VOAR!


Os sinais do dia-a-dia

A cada momento que passa, em cada dia que vivo os sinais são uma constante, há que estar atento, estar desperto e procurar percebê-los. Seguir a intuição é algo que muitas vezes não fazemos, mas é essencial segui-la, o nosso eu interior precisa de despertar, é lá que reside o que de mais “radical” existe em nós. As “teias” e ligações à vida tal como a conhecemos hoje são muito fortes, no entanto a vida é só uma, e se não compreendermos o nosso eu, e fizermos aquilo que realmente nos faz rejubilar, quando o faremos?


Racionalizar a alma

É preciso querer perceber as mensagens quotidianas, mais é preciso aceitá-las, ter a coragem de seguir o verdadeiro caminho, aquele que revela Quem Realmente Somos. Por vezes procuramos demasiadas respostas, ter 200% antes de avançar, procuramos racionalizar as decisões, porque temos medo. Procuramos construir na mente um conjunto de razões e argumentos que nos permitam sustentar o caminho que a nossa alma reclama. Eu não sou o meu corpo, nem sequer habito nele, é ele que habita em MIM.


A matemática da alma

A profundeza e intensidade espiritual são extraordinariamente magníficas, mas não resulta apenas dar um passo, quando já se conhece todo o caminho, as rochas, as planícies, os outros caminhantes, e os 1000 passos seguintes. Um aluno quando entra para a 1ª classe e começa a aprender os números e a contar, não conhece nem aspira a que um dia poderá vir a trabalhar com funções exponenciais ou a fazer derivadas, no entanto se nunca tivesse aprendido os números, nunca atingiria o desenvolvimento suficiente para chegar a esse patamar, foi preciso um primeiro passo e outros intermédios. Não é funcional dizer que não quero aprender os números porque não sei como resolver nem como vou aprender derivadas. O mundo espiritual, diria de forma mais simples, a VIDA, funciona exactamente da mesma forma.


Sinais incógnitos

Não sei identificar sinais nem o que querem dizer, é um entrave comum que causa inércia. Há um exercício que pode ser interessante fazer, ao final do dia, ou num momento mais calmo, ou mesmo no meio da agitação e correria. Aquela frase que despertou uma reacção, mas que ao fim de 2 minutos já esqueci, é bom tentar recordá-la, perceber porque mexeu comigo, o que tem a ver com a minha vida? Como achei aquela cena do filme tão real, tão verdadeira, tão adequada aos dias de hoje, tão… minha. Será que me ajuda a perceber Quem Sou, que caminho escolher? Aquela deixa no teatro, parecia que estava a dar uma resposta a um dilema, há com cada coincidência… secalhar eram as palavras que faltavam, talvez devam ser levadas a sério. Hoje encontrei um amigo que já não via há anos, que mensagem me traz este encontro? O meu pensamento hoje não saía daquela criança que corria atrás da bola como se não houvesse amanhã e com uma liberdade pelo meio daquela relva que já não via há imenso tempo. Será que quero ser mãe? Devo escolher o curso de educadora de infância? Estou demasiado preso aos meus afazeres que não tenho tempo para ser livre, para me divertir?


Hoje vou voar!